quinta-feira, 2 de junho de 2016

Elefantes de reserva na Tanzânia podem ser dizimados até 2022

(© Fornecido por AFP (Arquivo) Um elefante é visto na Reserva de Caça Selous, na Tanzânia, no dia 14 de outubro de 2013) Elefantes da Reserva de Caça Selous, na Tanzânia, poderão ser dizimados dentro de seis anos, se a caça ilegal continuar sendo praticada com a frequência atual - alertou a organização World Wildlife Fund (WWF) nesta quarta-feira. A maior reserva natural da Tanzânia e segunda maior da África era o lar de 110.000 elefantes na década de 1970. Hoje, restam apenas 15.000 elefantes, que estão ameaçados pela "caça ilegal em escala industrial", denunciou a WWF em um relatório. A Selous "pode ver sua população de elefantes dizimada até 2022, se não forem tomadas medidas urgentes", disse a organização. Mais de 30.000 elefantes africanos são mortos por caçadores a cada ano para abastecer um mercad0o ilegal controlado por gangues criminosas, o qual alimenta a demanda no Leste Asiático. A Tanzânia é um dos países mais afetados. Um censo feito em 2014 indicou que a população de elefantes do país caiu 60% em cinco anos. A reserva de Selous é uma atração turística que contribui com cerca de seis milhões de dólares por ano para a economia da Tanzânia, de acordo com um estudo encomendado pela WWF e realizado pela empresa de consultoria Dalberg. O local leva o nome de Frederick Selous, um explorador e caçador britânico, que inspirou o personagem Allan Quatermain do livro "As minas do rei Salomão", de Henry Rider Haggard. "No início de 2022, poderíamos ver o último dos elefantes de Selous sendo morto a tiros por redes criminosas fortemente armadas e bem treinadas", completa o relatório.
(© Fornecido por AFP (Arquivo) Um elefante é visto na Reserva de Caça Selous, na Tanzânia, no dia 13 de outubro de 2013) A reserva de 55.000 quilômetros quadrados no sul da Tanzânia foi nomeada Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 1982. Em 2014, o local foi colocado em uma lista de vigilância após registrar um pico de caça ilegal, com seis elefantes mortos por dia e com as atividades industriais, como a exploração de petróleo e a mineração, ameaçando seu meio ambiente. O diretor da WWF na Tanzânia, Amani Ngusaru, disse que o valor da Selous "é dependente de suas grandes populações de animais selvagens e ecossistemas puros". "Alcançar a caça ilegal zero de elefantes é o primeiro passo para colocar a Selous no caminho certo para cumprir seu potencial para o desenvolvimento sustentável", sugeriu Ngusaru. (Fonte MSN)

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