sexta-feira, 31 de outubro de 2014
Receitas do Corinthians despencam, e clube cogita vender jogadores
(Foto Rodrigo Coca/Ag. Corinthians)
O Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou na noite da última segunda-feira uma revisão do orçamento que havia sido planejado no fim do ano passado. Segundo as contas do departamento financeiro do clube, o déficit é de mais de R$ 44 milhões, na maior parte por ter tido receitas menores do que o previsto antes de 2014 começar. Uma das possibilidades reveladas pelo presidente Mario Gobbi é a de vender jogadores.
Pelo que foi apresentado por Raul Corrêa da Silva, diretor financeiro, no encontro no Parque São Jorge, havia a expectativa de receber pouco mais de R$ 230 milhões neste ano, mas a nova previsão é de R$ 198 milhões. A explicação oficial dada aos conselheiros é de que a economia não vai bem de forma geral e que outros times estão sofrendo com o mesmo problema.
As receitas esperadas apenas com a marca do Corinthians giravam em torno de R$ 32,5 milhões, mas despencaram para R$ 18,5 milhões, sendo um dos principais motivos para a revisão do orçamento. Com licenciamento e franquias, um dos itens do segmento, era esperado um valor de R$ 12 milhões inicialmente, mas a nova projeção é de R$ 6 milhões.
"Os principais fatores (para as receitas com a marca caírem) são a crise do mercado publicitário esportivo no futebol, veja que boa parte dos clubes não tem patrocínio. Além de não ter disputado a Libertadores, entre outros", respondeu o Raul Corrêa, por e-mail.
Procurado, o diretor de Marketing do clube, Izael Sinem Junior, não quis comentar o assunto.
Vale lembrar, no entanto, que o alvinegro está entre os poucos clubes que conseguiram fechar patrocínio neste ano. Em agosto, o uniforme do time ganhou no espaço do ombro o nome da Car System, empresa de monitoramento e rastreamento de veículos. Além disso, a equipe paulista ainda tem a Caixa Econômica Federal, na propriedade principal, a Fisk, nas mangas, e a Tim, no número. São Paulo, Santos e Palmeiras, por exemplo, estão sem máster.
Outro aspecto que pesou para rebaixar a previsão do orçamento tem a ver com a bilheteria. Como o Corinthians tem de pagar as dívidas da construção do estádio, tem de repassar o dinheiro de venda de ingressos para o fundo que administra a arena. Anteriormente, no entanto, a expectativa era de que sobrasse uma parte aos cofres do Parque São Jorge, cerca de R$ 12 milhões, mas não há mais essa perspectiva, ao menos para este ano.
Os gastos com o futebol profissional completam o restante da diferença da previsão para a revisão de orçamento, com cerca de R$ 16 milhões a mais de contas a pagar no profissional.
Apesar de ter aprovado as novas contas, a diretoria não chegou a desvendar aos conselheiros como fará para cobrir o rombo. A principal possibilidade revelada no encontro é a de vender jogadores no início da próxima janela de transferências, em janeiro.
Segundo palavras do próprio presidente na reunião, de acordo com pessoas que estavam presentes, há um ativo em atletas de cerca de R$ 80 milhões, contando com Alexandre Pato, Gil, Guerrero e Renato Augusto. O cartola já avisou que vai fazer de tudo para renovar o contrato do atacante peruano.
A situação é "delicada", também de acordo com o que Mario Gobbi disse a conselheiros, segundo apurou a reportagem, ambas as versões confirmadas pela assessoria de imprensa do alvinegro.
(Fonte MSN)
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