sexta-feira, 17 de outubro de 2014
Gobbi e eleição em data 'atrasada' seguram Mano no Corinthians
Botafogo x Corinthians, Campeonato Brasileiro (Foto: Daniel Augusto Júnior)
As circunstâncias da eliminação do Corinthians na Copa do Brasil deixaram a situação de Mano Menezes quase insustentável. A queda no mata-mata, após abrir 3 a 0 contra o Atlético Mineiro, aumentou a pressão sobre o treinador, que virou ainda mais alvo dos torcedores. Mano só não foi demitido ainda por dois motivos:
1) O primeiro é a lealdade do presidente Mário Gobbi Filho, que foi diretor de futebol na primeira passagem do técnico e o enxerga como seu “professor no futebol”, pela troca de experiência entre 2008 e 2010.
– Não é porque não teve resultado que vou mandar o treinador embora. Não teve resultado até agora de títulos, mas o time jogou, foi feito um novo plantel, foi feito um trabalho novo. Isso não se faz do dia para a noite – afirmou o presidente, ainda no vestiário do Mineirão.
2) O segundo – e de maior impacto positivo para o treinador –, é a eleição presidencial marcada apenas para a primeira quinzena de fevereiro. O pleito deixa Gobbi de mãos atadas para tomar qualquer decisão de movimento na comissão técnica, já que será substituído em breve. Essa falta de liberdade para agir contribui para a permanência de Mano a dez jogos do término do Brasileirão, ainda com o sonho da vaga na Libertadores.
– Quem vai decidir o técnico em 2015 é o novo presidente. Não vou assinar um contrato por 30 dias. Quem quer isso? Ninguém. Já que o Conselho Deliberativo vetou a antecipação da eleição, vamos pagar esse mico e ficar 30 dias aguardando o novo técnico. E quem vier põe seu novo técnico, lá tem uma equipe para treinar. Não posso assinar por 12 meses e dar para o presidente que vai chegar – afirmou Gobbi.
Em tempo: a eleição em fevereiro dá fôlego a Mano, mas prejudica o Corinthians de uma forma definitiva, já que vira um obstáculo para o planejamento do departamento de futebol profissional. A equipe já terá estreado no Paulistão quando o novo presidente for escolhido.
Tite e Oswaldo
Mano Menezes segue como treinador e Mário Gobbi não pensa em tirá-lo até dezembro. Mas aqueles que tentarão ocupar a cadeira do atual presidente têm lá suas preferências. E os nomes de Tite e Oswaldo de Oliveira são os mais citados no clube.
Os dois treinadores, que já trabalharam no Parque São Jorge e fizeram sucesso, agradam alguns representantes da situação e também da oposição. Vale lembrar, porém, que ambos não são unanimidade dentro dos dois grupos, apesar das passagens pra lá de vitoriosas pelo Alvinegro.
Tite segue na busca de conhecimento na profissão, fazendo cursos, visitando clubes e treinadores. Oswaldo, que foi demitido pelo Santos quando ninguém esperava, não acertou com ninguém e aguarda novo convite.
COMO É A ELEIÇÃO NO TIMÃO:
Quando:
Na primeira quinzena de fevereiro de 2015, no Parque São Jorge. Ao menos três candidatos (um da situação e dois da oposição) duelarão.
Quem vota:
Sócios remidos e sócios há pelo menos cinco anos, com as contas no clube em dia. Cerca de dez mil sócios estavam aptos a votar no último pleito, realizado em fevereiro/2012.
Mandato:
De três anos. Quem vencer, será presidente até fevereiro de 2018 e terá a incumbência de administrar as finanças da Arena Corinthians, que terá de começar a ser quitada.
Último pleito:
Foram 1.920 votos (59,3%) em Gobbi, contra 1.280 (39,5%) para Garcia, além de 24 nulos e 13 em branco.
(Fonte MSN)
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