quarta-feira, 15 de abril de 2015
Dilma escolhe Luiz Edson Fachin para vaga de Barbosa no Supremo
(Fornecido por Estadão. Foto 2013)
A presidente Dilma Rousseff indicou o nome do jurista Luiz Edson Fachin para o Supremo Tribunal Federal. A indicação do novo ministro ainda terá de passar por uma sabatina no Senado. O presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), apoiava a indicação do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinícius Coêlho. O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) conversou muito com Renan, nos últimos dias, sobre as "qualidades" de Fachin.
A novela da escolha do 11.º integrante do Supremo durou quase nove meses, desde a saída de Joaquim Barbosa, que presidia a Casa. "Foi o tempo de uma gestação", disse um auxiliar de Dilma.
Durante meses, num processo de idas e vindas, constaram da lista dos favoritos o tributarista Heleno Torres, o jurista Clèmerson Clève, e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Luís Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Herman Benjamin e Mauro Campbell.
Em um encontro realizado na segunda, 13, com a presidente, Renan afirmou que apoiaria a indicação de Fachin. Apesar da sinalização de apoio, o presidente do Congresso alertou Dilma para uma possível reação de integrantes da base aliada, que levaria a uma derrota do governo na indicação. O nome apoiado até então por Renan e lideranças do PMDB era o do presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coelho.
Uma possível rejeição de Fachin no Senado estaria ligada ao fato de ele ser próximo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do PT. O nome dele teria sido apresentado pelo ex-deputado do PT Sigmaringa Seixas.
Renan esteve reunido com Fachin na última quinta-feira, 9, quando foram apresentados pessoalmente. A pessoas mais próximas, o senador se disse impressionado pelo perfil técnico do advogado. A conversa entre os dois ocorreu horas depois de o senador ter se encontrado com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, ocasião em que o ministro do Supremo teria defendido o nome de Fachin para ocupar a vaga deixada por Joaquim Barbosa.
Dilma chegou a ser acusada de "omissão" pela demora na escolha do ministro do Supremo. Ela adiou ao máximo a decisão para esperar um momento de menos turbulência no Senado, por causa da crise política que atravessa o governo.
(Fonte MSN)
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