segunda-feira, 16 de maio de 2016

Temer convoca centrais sindicais para discutir reforma da Previdência

SÃO PAULO - O presidente em exercício, Michel Temer, convocou as seis maiores centrais sindicais do Brasil para uma reunião nesta segunda-feira, 16, às 15h, em Brasília. A tentativa de diálogo acontece após as entidades reagirem à primeira fala do novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, sobre as mudanças nas regras da Previdência. Das seis entidades convidadas, quatro confirmaram presença: Força Sindical, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que é ligada ao PT, e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), ligada ao PCdoB, ainda não decidiram se vão participar do encontro. Ricardo Patah, presidente da UGT, disse ter receio de que a falta de diálogo que ele observava na gestão Dilma Rousseff se repita no governo Temer. "Gato escaldado tem medo de água fria", disse o sindicalista. "Temer falou em confiança quando assumiu o governo, queremos sinais de que o que foi prometido será cumprido", argumentou. O encontro é intermediado pelo deputado Paulinho da Força (SD-SP), um dos principais articulares do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, na Câmara dos Deputados. Na última sexta-feira, 13, Paulinho, entretanto, criticou o primeiro discurso de Meirelles e falou que as ideias dele eram "estapafúrdias". "Queremos saber se é um governo que vai discutir antes de encaminhar propostas, queremos um pouco de diálogo. Achamos que não é necessário fazer reforma da previdência agora", afirmou neste domingo Paulinho da Força ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado. Na manhã da sexta, o atual ministro da Fazenda citou, em coletiva de imprensa, a necessidade de reformar as regras para deixar a Previdência "autossustentável". Mais cedo, Meirelles já havia defendido uma idade mínima para as aposentadorias em entrevista à TV Globo. Por parte do governo, estão confirmadas a participação de Meirelles, do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. CPMF. Outra proposta de Meirelles também já enfrenta resistências, de acordo com a Coluna do Estadão. O novo ministro da Fazenda não descartou a criação de um “tributo temporário” para alavancar a arrecadação. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy (BA), disse que o governo não poderá contar com os tucanos para a recriação da CPMF. “Considero um grave equívoco falar de aumento de impostos. A pauta deve ser a drástica redução de despesas, interrompendo a gastança promovida pelo petismo. Quanto à CPMF, não contem com a bancada do PSDB para aprová-la.” / COLABOROU VICTOR MARTINS. (Fonte MSN)

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