segunda-feira, 14 de março de 2016

Missão russo-europeia inicia viagem a Marte AFP

(© Fornecido por AFP O foguete decola do Cazaquistão) A missão, montada apesar das persistentes tensões e das sanções recíprocas adotadas entre a União Europeia e a Rússia, permite que os europeus retornem a Marte, após um primeiro êxito em 2003, e que os russos concretizem seu sonho de explorar um dia o planeta vermelho. O foguete Proton, que decolou às 09h31 GMT (06h31 de Brasília) das estepes do Cazaquistão, transporta uma sonda capaz de detectar gases em nível de vestígios, chamada de TGO (Trace Gaz Orbiter), que "será como um grande nariz no espaço", explica o argentino Jorge Vago, responsável científico deste programa para a Agência Espacial Europeia (ESA). O foguete também transporta um módulo de testes de aterrissagem, batizado de Schiaparelli, nome do astrônomo italiano do século XIX Giovanni Schiaparelli, famoso por ter observado os famosos "canais" de Marte. A ExoMars está atualmente em órbita ao redor da Terra e acenderá três vezes seus propulsores para ganhar velocidade e se dirigir a Marte, segundo a ESA. Se tudo correr bem, após uma viagem de sete meses - na qual percorrerá 496 milhões de quilômetros - o módulo de aterrissagem se separará da sonda em 16 de outubro para pousar sobre o planeta vermelho três dias depois. O módulo Schiaparelli pesa 600 quilos e tem dimensões de um carro pequeno. Diante da ausência de painéis solares, sua vida útil será de entre dois e quatro dias. É equipado com uma estação meteorológica básica. Uma vez lançado o módulo de pouso, a sonda TGO entrará em uma órbita elíptica e irá diminuindo sua velocidade para se situar em uma órbita circular a 400 km de altitude sobre Marte. No fim de 2017 começará sua tarefa científica. Equipada com instrumentos europeus e russos, a sonda TGO buscará vestígios de gases na atmosfera do planeta, especialmente aqueles com base em carbono, como o metano. Este gás interessa particularmente os cientistas porque na Terra aparece em 90% das origens biológicas. Além disso, sua vida tem uma duração limitada. Consequentemente, sua eventual detecção pela TGO pode ser um índice possível da presença atual de uma vida em nível de micro-organismos em Marte. Vida passada em Marte? A missão Exomars 2016, que inicialmente foi contemplada em colaboração com os Estados Unidos, foi finalmente realizada junto à Rússia após a desistência da Nasa em 2011 por razões orçamentárias. A missão russo-europeia ExoMars 2016 entrou nesta segunda-feira em órbita, iniciando a primeira fase de sua longa viagem a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, em direção ao planeta Marte para buscar possíveis provas de atividade biológica em sua superfície. A missão, montada apesar das persistentes tensões e das sanções recíprocas adotadas entre a União Europeia e a Rússia, permite que os europeus retornem a Marte, após um primeiro êxito em 2003, e que os russos concretizem seu sonho de explorar um dia o planeta vermelho. O foguete Proton, que decolou às 09h31 GMT (06h31 de Brasília) das estepes do Cazaquistão, transporta uma sonda capaz de detectar gases em nível de vestígios, chamada de TGO (Trace Gaz Orbiter), que "será como um grande nariz no espaço", explica o argentino Jorge Vago, responsável científico deste programa para a Agência Espacial Europeia (ESA). O foguete também transporta um módulo de testes de aterrissagem, batizado de Schiaparelli, nome do astrônomo italiano do século XIX Giovanni Schiaparelli, famoso por ter observado os famosos "canais" de Marte. A ExoMars está atualmente em órbita ao redor da Terra e acenderá três vezes seus propulsores para ganhar velocidade e se dirigir a Marte, segundo a ESA. Se tudo correr bem, após uma viagem de sete meses - na qual percorrerá 496 milhões de quilômetros - o módulo de aterrissagem se separará da sonda em 16 de outubro para pousar sobre o planeta vermelho três dias depois. O módulo Schiaparelli pesa 600 quilos e tem dimensões de um carro pequeno. Diante da ausência de painéis solares, sua vida útil será de entre dois e quatro dias. É equipado com uma estação meteorológica básica. Uma vez lançado o módulo de pouso, a sonda TGO entrará em uma órbita elíptica e irá diminuindo sua velocidade para se situar em uma órbita circular a 400 km de altitude sobre Marte. No fim de 2017 começará sua tarefa científica. Equipada com instrumentos europeus e russos, a sonda TGO buscará vestígios de gases na atmosfera do planeta, especialmente aqueles com base em carbono, como o metano. Este gás interessa particularmente os cientistas porque na Terra aparece em 90% das origens biológicas. Além disso, sua vida tem uma duração limitada. Consequentemente, sua eventual detecção pela TGO pode ser um índice possível da presença atual de uma vida em nível de micro-organismos em Marte. Vida passada em Marte? A missão Exomars 2016, que inicialmente foi contemplada em colaboração com os Estados Unidos, foi finalmente realizada junto à Rússia após a desistência da Nasa em 2011 por razões orçamentárias.

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