segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Desespero e alívio: como o Palmeiras passou 9 minutos rebaixado no ano de seu centenário

Henrique comemora: gol salva e mantém o Palmeiras na Série A. Nove minutos. Foi o tempo em que o Palmeiras esteve rebaixado à segunda divisão no ano de seu centenário. O intervalo de tempo ocorreu neste domingo, entre o período que consistia o gol do Atlético-PR e o primeiro do Bahia contra o Coritiba, em combinação de resultados que relegaria a equipe paulista à Série B pela terceira vez na história. O ESPN.com.br acompanhou as três partidas que definiriam o último rebaixado da temporada de forma simultânea neste domingo. E foi exatamente às 17h15 da tarde que teve início o período que levou o torcedor alviverde ao desespero. Será que justamente no ano de seu 100º aniversário o clube teria que passar por isso de novo? Às 17h14 o Atlético-PR cobrou um escanteio pelo lado esquerdo na área rival. No Allianz Parque, Ricardo Silva ganhou de Lúcio e tocou de cabeça no canto esquerdo, sem chance de defesa para Fernando Prass. O Palmeiras estacionava nos 39 pontos, mas continuava na primeira divisão, já que Vitória e Bahia empatava suas partidas. Nove minutos de pavor Só que, no minuto seguinte, exatamente às 17h15, tudo mudou no Couto Pereira. William Barbio desviou, Galhardo disparou pela direita, se livrou da marcação e mandou para Henrique, livre, dar a vitória parcial ao Bahia contra o Coritiba. O time tricolor ia aos 40 pontos, ultrapassava o Palmeiras na tabela e levava as arquibancadas do Allianz Parque ao desespero. O clima ficou ainda mais carregado na capital paulista. Nas ruas, corintianos e são-paulinos soltavam fogos de artifício. Nas redes sociais, o sarro começou pela iminente terceira queda da história do Palmeiras. Em campo, o time não sabia o que se passava nos demais duelos, e seguiu jogando. Mas o Atlético-PR era melhor. Só que a tarde reservava outras emoções e, felizmente para os fãs palestrinos, o alívio não demorou. Às 17h23, o árbitro Leandro Vuaden marcou pênalti discutível para o Palmeiras. Henrique pediu a bola, ajeitou, tomou distância, deu uma paradinha, duas, correu e chutou com precisão no canto direito de Weverton. O relógio marcava 17h24, e Palmeiras voltava à primeira divisão. De volta à Série A? Agora com 40 pontos, a equipe alviverde se igualava ao Bahia, mas vencia nos critérios de desempate. Justamente por isso, o gol tricolor, às 17h25, não foi sentido no Allianz Parque. Bruno Paulista chutou, Vanderlei defendeu, e Rômulo, na sobra, apareceu livre na área para fazer 2 a 0. Nada que abalasse a quase festa palmeirense em São Paulo. O gol do Coritiba aumentou a esperança palestrina exatamente às 17h32. Sem que pudesse sequer ser muito comemorado, já que no mesmo momento Nathan fez boa jogada e obrigou Fernando Prass a salvar o time palestrino de levar o segundo. O rádio era o melhor amigo do torcedor palmeirense no Allianz Parque e sintonizava os duelos de Curitiba e Salvador. Eram 17h42 quando quase tudo mudou. No Barradão, Marcinho chutou de longe, Aranha salvou e, em escanteio, o goleiro santista afastou, Lucas Lima errou, e o Palmeiras só não voltou à segunda divisão de forma parcial porque Kadu escorregou e perdeu a maior chance do jogo, que levaria o Vitória aos 41 pontos, à frente do alviverde e na elite do futebol brasileiro. 45 minutos de tensão O segundo tempo das três partidas começou quase que de forma simultânea entre 18h08 e 18h09. Três minutos depois, o palmeirense teve que conter o grito de gol, só que em Curitiba. Joel dominou, mandou uma pancada e empatou para o Coritiba. Um toque de braço no lance evitou as celebrações alviverdes em ambos os estados. Anulado. O Atlético-PR continuava bem no segundo tempo na capital paulista. O gol quase veio às 18h19. Mário Sérgio fez linda jogada, passou por Nathan e Lúcio, mas, em vez de rolar para Douglas Coutinho, o lateral-direito tentou o chute de esquerda e errou. O nervosismo tomava conta dos outros dois jogos, e nem Bahia e muito menos Vitória criavam. Melhor para o Palmeiras. O torcedor palestrino sentiu calafrios ao ouvir na rádio a narração do chute de Edno, que abriu pela esquerda e soltou uma bomba no ângulo de Aranha. O horário oficial de Brasília marcava 18h40, e a bola saiu tirando tinta da trave do Santos. Por centímetros, o Palmeiras não voltava à segunda divisão nacional. Gol de título no Barradão? As coisas começaram a aliviar de verdade apenas às 18h49, quando os três duelos se encaminhavam para os minutos finais. Foi nesse momento que Dudu pegou rebote dentro da área, viu a bola desviar em Feijão e enganar Marcelo Lomba para empatar o duelo em Curitiba, mandar o Bahia para os 38 pontos e fazer o Palmeiras respirar. A partir daí, só alegria. O Coritiba fez o terceiro, 18h57, no último minuto da partida que consagrou a despedida de Alex. O árbitro Leandro Vuaden encerrou Palmeiras x Atlético-PR em seguida. E as arquibancadas do Allianz Parque viveram os dois minutos mais longos de 2014 à espera do fim de Vitória x Santos, já que um gol rubro-negro rebaixaria o time alviverde. 18h59. Gol em Salvador. Seria o do terceiro rebaixamento? Só que não: o santista Thiago Ribeiro resolveu dar uma força. Era o gol da permanência alviverde na Série A. Não por mérito próprio, mas de um arquirrival, que fez o que o Palmeiras não conseguiu. 19 horas em ponto de domingo, sete de dezembro de 2014. O Allianz Parque verá a primeira divisão em 2015. (Fonte MSN)

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