sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Polícia Federal prende vice-presidente da Mendes Júnior e faz buscas na Odebrecht

(Foto: Nilton Fukuda/Estadão Conteúdo) A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira, 14, em Brasília o vice-presidente da construtora Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, e fez buscas na sede da empreiteira. Policiais também vasculharam endereços da Odebrecht e de três de seus executivos. Trata-se de Márcio Faria da Silva, Rogério Campos de Araújo e Saulo Vinicius Rocha Silveira. As ações fazem parte da sétima fase da Operação Lava Jato, deflagrada na manhã desta sexta, que cumprem buscas em 11 grandes empresas. Executivos das duas construtoras são suspeitos de pagar propina a dirigentes da Petrobrás em troca de contratos superfaturados em obras da estatal. Parte dos recursos do esquema era direcionada a partidos da base aliada do governo federal, entre eles o PT e o PMDB, segundo o inquérito da PF. Mais cedo, o Estado informou que a PF também prendeu um diretor da Iesa Óleo e Gás e fez busca e apreensão na sede da Camargo Correa, em São Paulo. As buscas são feitas também nas residências dos executivos da direção das empreiteiras, entre eles a do vice-presidente da Camargo Correa e de um diretor. São alvo da operação também as construtoras OAS e UTC Constran. De acordo com a Polícia Federal, os envolvidos vão responder pelos crimes de organização criminosa, formação de cartel, corrupção, fraude à Lei de Licitações e lavagem de dinheiro. Lava Jato A operação foi deflagrada em 17 de março, inicialmente com a prisão de 24 pessoas, entre elas o doleiro Alberto Youssef, sob acusação de ser o articulador do esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. Três dias depois, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa também foi preso. A polícia suspeitava que contratos da estatal estavam envolvidos no esquema, entre eles o da construção da refinaria Abreu e Lima. Em abril, 46 investigados na Lava Jato foram indiciados. Em depoimentos à PF e à Justiça Federal no Paraná, onde corre o processo, Costa chegou a afirmar que fazia pagamentos de propina a integrantes de partidos políticos, entre eles PP, PMDB, PT e PSDB. Segundo a investigação da Polícia Federal, grandes empresas seriam o braço financeiro do esquema de corrupção na estatal. (Fonte MSN)

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