sexta-feira, 19 de setembro de 2014

PM que executou camelô responde a processo por morte de morador de rua no início do ano

(Foto: Guilherme Lima/R7) Soldado alegou legítima defesa e apresentou faca que teria sido usada por vítima para atacá-lo. O policial militar Henrique Dias Bueno de Araújo, que matou o camelô Carlos Augusto Muniz Braga, 30, durante ação da Operação Delegada na quinta-feira (18), responde processo por homicídio simples pela morte de um morador de rua, ocorrida em 12 de março deste ano. Na época, o policial alegou legítima defesa e apresentou uma faca de 40 centímetros como sendo a arma usada pelo morador de rua contra ele. De acordo com laudo necroscópico, o soldado acertou ao menos quatro tiros no morador de rua: um no peito, dois na coxa esquerda e um na mão direita. O caso foi registrado como "morte decorrente de intervenção policial". De acordo com o inquérito policial, o soldado Henrique de Araújo, acompanhado do sargento F. A. G. P., fazia ronda no bairro Vila Leopoldina, onde trabalha na 2ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar, quando abordou um morador de rua que estava com um "carrinho de mão". Segundo versão apresentada pelo PM no boletim de ocorrência, registrado no 91º DP (Ceasa), o homem se negou a obedecer a ordem de parada e andou em direção aos policiais com um facão na mão. Em depoimento, Araújo afirmou que o morador de rua ameaçou atacá-lo com o facão e que, por este motivo, reagiu com seis tiros, que causaram a morte do homem não identificado antes da chegada da equipe de socorro. O sargento que acompanha o soldado Araújo na ação não realizou nenhum disparo. Afastado Após a morte do morador de rua, o PM ficou afastado do trabalho por dois meses, até o dia 5 de maio, período que passou por acompanhamento psicológico fornecido na corporação. Em 16 de setembro, dois dias antes da morte do camelô durante a Operação Delegada, a Polícia Militar, segundo consta no inquérito, concluiu que, na ação ocorrida no mês de março, "não foi observada conduta irregular por parte dos averiguados, passível de apuração". (Fonte O caso segue sob investigação da Polícia Civil.(Fonte R7)

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